⁃ ainda não sucumbiu às novas tendências hipsters, mantendo-se tradicional na sua oferta;
⁃ Oferece pastelaria portuguesa tradicional e variada;
⁃ No meio da azáfama do Chiado, consegue ser um local calmo, sem filas e sempre com uma mesa disponível num espaço agradavelmente decorado;
⁃ Numa zona tão turística (e por isso com preços mais elevados) de Lisboa esta pastelaria mantém preços ao nível do poder de compra português.
Entrar na Pastelaria Batalha é, por si só, uma tentação. Descendo as suas escadinhas pitorescas, somos imediatamente brindados com um deleite para a vista e para o olfato. É impossível ficar indiferente à sua “montra” plena de pastelaria tradicional e ao cheiro tão característico dos ovos com açúcar.
Pouco saberão, mas naquela montra encontram-se várias iguarias já premiadas. Uma única dentada no pastel de nata permite-nos perceber porquê. A massa estaladiça, fina e fresca é imbatível e, só por isso, este é o melhor pastel de nata que já provei. E olhem que já provei uns quantos, incluindo todos aqueles que, segundo opinião popular, competem para esse título. Para mim, ficam aquém do da Batalha.
Mas nem só de doçaria se faz esta pastelaria ou estes prémios. Quando visitei o espaço, num atarefado sábado, à tarde, fui rapidamente recebida e encaminhada para uma mesa, onde me foi disponibilizado o menu. São várias as opções, todas bastante acessíveis a nível de preço. Menu pequeno-almoço, brunch, almoço, sanduíche, etc.
Estava com uma amiga e, depois de termos feito uma caminhada de 11 kms pelas colinas da nossa antiga Lisboa, apetecia-nos um menu reforçado. Por isso, escolhemos o menu pequeno-almoço, que consiste numa generosa tosta mista, acompanhada de sumo natural, uma bebida quente e um pastel de nata para finalizar.
E assim descobrimos outro dos prémios atribuídos. O pão. Fresco, miolo fofo sem ser maçudo, côdea estaladiça como se quer. Impressionou-me a qualidade do fiambre, tantas vezes descurada em muitos outros espaços. A cereja no topo do bolo foram os orégãos no topo da tosta, que evidenciavam o sabor do queijo. Pequenos detalhes que fazem a diferença.
Como não bebo café, como bebida quente escolhi o chocolate quente com caramelo e também neste caso fui surpreendida por um chocolate denso, espesso e cremoso. E saboroso, claro.
Pedi também o sumo de morango e framboesa, que foi servido com pedras de gelo à parte, para podermos juntar a gosto. Pontos para o cuidado no serviço.
Tenho vindo a cumprir um regime alimentar relativamente rígido, pelo que a simplicidade de uma tosta mista com um bom sumo natural e um pastel de nata era, na verdade, aquilo que precisava.
Até porque, como já escrevi aqui, se for para fazer batota na dieta, que seja com coisas que valham mesmo a pena. Esta foi, sem dúvida, uma delas.