Ao dia de hoje,
são poucas as pessoas que não ouviram ainda falar no ovo do Instagram.
Para aqueles a
quem tenha passado despercebido, foi criada uma conta no Instagram onde foi
publicada uma única foto, a de ovo inteiro. Só um ovo com um fundo branco e uma
subtil sombra. Sem rigorosamente mais nada. Na descrição dizia qualquer coisa
como “vamos bater o record mundial de mais likes no instagram”. E milhões de
pessoas gostaram e o ovo bateu mesmo o record, ultrapassando uma foto de uma
chamada influencer com a filha acabada de nascer e que era, até há pouco tempo,
a foto com mais “gostos” de sempre.
Atingir este tipo
de viralidade é o sonho de muitas marcas, muitos publicistas, muito gestores de
redes sociais e, talvez até, de muito comum mortal. Gastam-se rios de dinheiro
a estudar o tema, fazem-se palestras, escrevem-se livros, juntam-se criativos e
afinal é tão simples.
A ideia é boa e
inteligente, mas, ainda assim, este facto intrigou-me. Tenho lido bastante
teorias sobre o tema e tenho perguntado a quem foi lá contribuir para a
viralidade da coisa, porque se sentiu impelido a fazer. Descobri até que isto
teria sido tentado com uma meia cebola e outra coisa qualquer, mas sem grandes
resultados. Porque vingou este ovo que tantas marcas e pessoas, entretanto,
apanham boleia?
Não tenho dúvidas
que a escolha da imagem não foi à toa e que terá sido isso que muita gente
gostou. O contraste com todos artifícios que se procuram cada vez mais nesta busca
pela fama online. A metáfora para a fragilidade desse mundo, qual casca de ovo.
Mas daí a 48 milhões de gostos? Segundo o Independent,
único jornal que conseguiu umas palavrinhas do anónimo(a) autor(a) desta ideia,
nem essa pessoa esperava esta avalanche.
Teorias e
estratégias à parte, a minha principal conclusão é só uma. Por mais estudos que
se façam, por mais estatísticas que se analisem, comportamentos que se
padronizem, as pessoas são todas uma só coisa: imprevisíveis.
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