quarta-feira, 15 de maio de 2019

::Dar o corpo ao manifesto:: YesDiet! da Wells



A YesDiet! na WElls está na moda. Não há influencer, blogger, radialista que não a esteja a fazer. E eu fui na onda. E como alguém que está a afazer dieta, tenho lido muita coisa, mas na verdade tenho lido pouca coisa. Gostava de ler sobre a experiência, o dia a dia, as dificuldades e os sucessos. E por isso, venho contar o meu.

Porquê?
Em primeiro lugar, porque é que eu, defensora acérrima que uma alimentação saudável passa pela não restrição, mas sim pela variedade e por saber ser comedida e que não acredito em dietas rápidas, escolhi esta dieta? Porque estava desesperada. A roupa não me cabia e esta teoria servia muitas vezes para resvalar para um grandessíssimo prato de massa. Porque li que a dieta tinha alguma flexibilidade e cada um escolhe a “fase” que quer fazer. Porque não me pareceu tão restritiva como outras diretas conhecidas no mercado. Porque não me pareceu tão caro como muitas dessas outras dietas. Porque me agradou esta ideia de ter um mês sem cozinhar e sem ter que tomar mais decisões do que aquilo que vou hoje enfiar no micro-ondas. Finalmente, porque ia experimentar e se não gostasse, passada uma semana podia ir à minha vida.

A comida
Eu comecei pela fase 1, o que significa que como 90% de refeições da marca, já preparadas. Como disse anteriormente, as refeições principais, com exceção das saladas, é só pôr no micro-ondas e aquecer. Também há comidas daquelas dos pozinhos aos quais se juntam um ovo ou água ou as duas coisas, mas nós preferimos ir pelas refeições frescas. Experimentei uma vez essas refeições dos pozinhos. Uma omelete com ervas à qual só tive que juntar àgua. Fiquei com fome. De resto, as refeições são saborosas e enchem. Só não recomendo a salada de ovo que é, basicamente, um monte de ervas com um ovo que cabe na cova de um dente. Fico com fome. Já a de atum, muitas vezes, tenho dificuldade em terminar.  Adoro a sopa de frango, gosto da sopa de pescada e a tortilha (sobretudo a que leva paio) é fixe, mas ao longo do tempo, começa a enjoar. Não sou a maior fã dos wooks porque são adocicados, mas o João, que embarcou nesta aventura comigo, gosta.
Os snacks também são fixes. Sobretudo os chips de soja com barbecue. São ótimos e enchem. Eu gosto dos batidos e têm sido a minha solução para um pequeno-almoço mais rápido. O de chocolate traz bónus. Traz uns pedacinhos de amêndoa, que no total duvido que fazem uma amêndoa inteira, mas que me sabem pela vida. Os crackers também são muito bons e o queijo fresco com sal e pimenta marcham. Já as tostas parecem de cortiça. 
Também gosto muito das barras, mas, talvez isto seja demasiada info, talvez serviço público: fazem gases. São muito práticas, enfiam-se em qualquer bolso, sabem bem e enchem, mas eu evito-as por esse motivo.
A par com isto tudo, há os 10% por cento do supermercado. Nesta fase, podemos comer frutos vermelhos em pequena quantidade e acompanhar as refeições principais com alguns legumes. Lá em casa, fazemos um panelão com cogumelos e espinafres, que temperamos com sal e pimenta, às vezes com alho em pó e já está.

O preço

Comprar estas refeições todas sai mais caro que ir ao supermercado e prepará-las, mas ainda assim, mais barato que almoçar fora todos os dias e as consultas são bem mais baratas que a maior parte da nutricionista que há por aí. No final, acho que uma coisa compensa a outra, já que a primeira é gratuita e as restantes €7,5. È suposto, nesta primeira fase, as consultas serem semanais, mas dado que definimos que faríamos um mês desta fase, que podemos mandar mails com dúvidas e questões (que são respondidas de forma bastante rápida) e que aquilo está na moda e com poucas vagas, temos ido de 10 em 10 dias. Temos utilizado o código desses influencers todos que andam aí, o que também ajuda a aliviar a carteira. É só chegar lá e dizer “quero usar o desconto da influencer tal” e temos 10% de desconto em TUDO, inclusive a consulta.

O meu dia-a-dia
Como sou (era?) viciadíssima em massa e esta fase é pobre em hidratos de carbono, os primeiros dias não foram fáceis. Não sentia fome, mas sentia que faltava qualquer coisa e, ao final do dia, era menina para comer uma pratada de massa ou um balde de Nutella, se me a pusessem à frente. Também tive dores de cabeça. Nada de especial ou incapacitante. Sempre ao final dia, sentia uma moinha. Ao quarto dia já não sentia nada disto. Também levei algum tempo a perceber que eram as barritas que me provocavam gases, o que deu origem a alguns momentos dolorosos, de inchaço e, claro, inconvenientes. A pouco e pouco, fui aprendendo o que me deixava mais saciada e mais confortável, fui gerindo, por isso nunca sinto fome ou qualquer outro desconforto. Há dias que nem consigo comer tudo o que deveria/podia. Trago muita tralha para o escritório, mas as saladas já trazem um garfinho e azeite e vinagre, o resto são só os snacks, para não estar mais de 3 horas sem comer. O mais difícil é mesmo a vida social. Primeiro é difícil explicar que foi a tanga do “é só desta vez” que me trouxe a este descalabro, depois acabamos por recusar muitos convites. A semana passada fomos ter com uns amigos antes de um jantar e bebemos água, enquanto eles bebiam umas jolas. Viemos embora quando eles foram a um restaurante. Não é fácil. Mas é temporário. O grande desafio serão as próximas semanas em que temos casamentos, visitas de fora lá em casa e o diabo a quatro. Temos consulta amanhã, onde podermos pedir conselhos para ultrapassar/adaptar estes dias.

Os resultados

Nestas coisas já se sabe que os resultados podem depender muito da pessoa. Do metabolismo, da época do mês, do exercício, etc. No meu caso, na primeira semana, perdi 2,2 kg no total, 2,6kg de gordura. Retive água. Perdi 4 cms de cintura e bati palminhas às calças que voltaram a servir. Cumpri o plano à risca e não fiz exercício nenhum. Só umas caminhadas de 20 a 30 minutos.

Notas a acrescentar

Ao contrário do que já li por aí, não me impingiram nenhum suplemento. Sugeriram-me que magnésio podia ajudar às dores de cabeça nos primeiros dias. Também me disseram qual os melhores chás para a retenção de água. De hibiscos, de cavalinha e de centelha asiática, de preferência de ervas e não de saqueta, que depois comprei num supermercado. Estou viciada no de hibiscos, um pouco ácido, mas que se bebe bem fresquinho e que estou convencida que ajuda na situação provocada pelas barritas.

Mais alguém a fazer? Contem-me tudo!

1 comentário:

  1. Olá. Comecei ontem. Também sem suplementos (não me sugeriram), e estou cheia de fome!!! Eu sei que é uma dieta hipocalórica, mas não teve fome? Já agora, quanto tempo esteve na fase 1? E quais têm sido os resultados? Muito, muito obrigada pelas respostas! E força nesse processo.

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