Se me perguntarem o que mais gosto em Lisboa, não falarei da sua zona histórica. As suas ruas pitorescas, num sobe e desce, com dezenas de degraus que levam todos ao castelo e à paisagem sobre uma Lisboa de perder de vista. Não falarei nos varais de roupa, nas senhoras que falam de janela a janela, nos azulejos que que se misturam com as artes urbanas do Vhils e outros que tanto.
Se me perguntarem o que mais gosto em Lisboa, não falarei da luz, das cores, dos eléctricos tão característicos ou dos monumentos tão grandiosos e bonitos.
Se me perguntarem que mais gosto em Lisboa, não mencionarei a comida, nem as esplanadas. O peixe ou o marisco fresco no Verão, as castanhas no Inverno, os preços, as tascas que mais que um restaurante barato, nos contam histórias das famílias que os gerem enquanto nos tentam encher a barriga, os restaurantes tradicionais no meio de outros de tantas e tantas nacionalidades.
Se me perguntarem o que mais gosto em Lisboa falarei desta forma de ver levar a vida. Esta forma que temos de disfrutar o antigo e o moderno. De receber todos de braços abertos e tentar sempre falar as suas línguas, das histórias e dos autores, dos artistas e dos escritores.
Se me perguntarem que mais gosto em Lisboa, poderei falar de mil e uma coisas, mas falarei sempre de uma: as pessoas.
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